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    Leleco (Marcos Caruso) , Tufão (Murilo Benício), Max (Marcelo Novaes) e Jorginho (Cauã Reymond)

Tufão (Murilo Benício), Max (Marcello Novaes), Jorginho (Cauã Reymond), Silas (Ailton Graça), Leleco (Marcos Caruso), Cadinho (Alexandre Borges), Diógenes (Otávio Augusto), Leandro (Thiago Martins), Darkson (José Loreto), Iran (Bruno Gissoni), Adauto (Juliano Cazarré), Lúcio (Emiliano D´Ávila)… Todos os homens de Avenida Brasil não dão uma Nina (Débora Falabella) ou meia Carminha (Adriana Esteves). São titubeantes, fracos, inseguros, chorões, covardes, ingênuos, acomodados… Perto deles, Roni (Daniel Rocha) é uma fortaleza e, curiosamente, é justamente o personagem cuja opção sexual é extremamente duvidosa. Mas por que cargas d´água os machos da trama das 9 são tão frágeis?
Seria opção artística ou estilo do autor, João Emanuel Carneiro? Talvez! Aguinaldo Silva, por exemplo, é outro especialista em personagens femininos incríveis. Tirando o Juvenal Antena (Antonio Fagundes) e o Marconi Ferraço (Dalton Vigh), de Duas Caras (2008), e o Giovanni Improta (José Wilker), de Senhora do Destino (2004), a galeria de tipos do escritor é composta basicamente por mulheres poderosas e homens fracos. Mesmo o Felix Guerreiro (Antonio Fagundes) (2001), de Porto dos Milagres, que se achava o tal, não passava de um cordeirinho nas mãos da serial killer, Adma (Cassia Kiss Magro). Em Fina Estampa(2011), então, todos os homens juntos não davam um Crodoaldo Valério (Marcelo Serrado)…
Silas (Aílton Graça), Darkson (José Loretto), Lúcio (Emiliano D'Avilla) e Adauto (Juliano Cazarré) 
João Emanuel Carneiro também tem uma mão muito boa para criar mulheres de fibra: Rosângela (Andréia Horta), de A Cura (2010); Flora (Patrícia Pillar), Donatela (Cláudia Raia) e Lara (Mariana Ximenes), de A Favorita; Ellen (Taís Araújo) e Leona (Carolina Dieckmann), de Cobras & Lagartos (2006), e Bárbara (Giovanna Antonelli), Edilásia (Rosi Campos) e Preta (Taís Araújo), de Da Cor do Pecado (2004). Todas, senhoras do seu destino e batalhadoras, fosse para o Bem ou para o Mal.
Na verdade, a questão nem é que a medir a “força” do personagem. Foguinho (Lázaro Ramos), de Cobras & Lagartos, por exemplo, era 100% dominado por Ellen, tinha um caráter duvidoso, mas foi tão bem construído e sofreu uma evolução tão boa na história, que acabou roubando a cena na novela. EmAvenida Brasil não há sinal de que isso vá acontecer e olha que a novela já passou do capítulo 100. Dos machos citados lá no abre do texto, talvez, apenas Tufão tenha passado por alguma mudança. Mas pouca coisa. Apesar de ser um vencedor, é um homem fisicamente derrotado. Fala baixo, anda meio curvado, sempre pronto a dizer “amém” a tudo o que Carminha determinasse. Com a entrada de Nina em sua vida, ele ganhou alguma jovialidade, mas efetivamente nada fez para virar o jogo. Continua sendo um barco à deriva na correnteza do destino.
Max é o rei dos bundões e Jorginho seu príncipe herdeiro. Não é à toa que sejam pai e filho… Já foi dito várias vezes na trama, que Max passou a vida sendo carregado por Carminha e que, agora, ele se alojou em Nina. Como um parasita. Max não tem pulso, voz ativa, nada. É um merda laureado. Jorginho, então, prefiro nem comentar. Não há trauma na infância que justifique a um homem se tornar tão dependente, chorão e irresponsável. Sem falar que ele é chato pra caramba.
Roni (Daniel Rocha), Leandro (Thiago Martins), Iran (Bruno Gissoni) e Cadinho (Alexandre Borges) 

O resto? Não dá um bifinho. Silas não segurou a onda com Monalisa (Heloísa Perissé) e faz o mesmo com Olenka (Fabiula Nascimento). Devia acabar sozinho. Leleco não é homem para terminar a relação com Tessália (Débora Nascimento) e assumir que gosta mesmo é de Muricy (Eliane Giardini). E, pior! Usa Darkson para conseguir provar que é Tessália quem o trai. Cadinho devia ser renegado pelas três mulheres e Diógenes merece virar joguete nas mãos de Soninha Catatau, vulgo Irmã Dolores (Paula Burlamaqui). Já Leandro, Iran e Lúcio foram meros peões nas mãos de Suéllen (Ísis Valverde) e o último, agora, está na fila para substituir Max como o capacho de Carminha. Ô, coitado!
Resta Adauto, o único por quem nutro real esperança. No meio de sua enorme inocência e generosidade, existe um homem fiel, apaixonado e disposto a tudo para ficar com Muricy. Vou ficar mais feliz quando ele perceber que não dá para rastejar o tempo inteiro por migalhas de amor e sair pelo Divino curtindo todas com Beverly (Luana Martau). Vou vibrar muito se isso acontecer.
Os homens de Avenida Brasil não honram as calças que vestem. Mas que fique bem claro que não há nenhuma crítica negativa ao desempenho dos atores. Pelo contrário. São ótimos. Murilo Benício, Marcello Novaes, Marcos Caruso, Otávio Augusto, Thiago Martins, José Loreto, Bruno Gissoni, Juliano Cazarré, Daniel Rocha e Emiliano D´Ávila estão inspiradíssimos, enquanto Ailton Graça cumpre sua função com eficiência. O mesmo não pode ser dito a respeito de Cauã Reymond e Alexandre Borges, ambos tão inexpressivos quanto seus personagens. Para equilibrar melhor a harmonia da natureza, espero ver pelo menos alguns desses rapazes mostrarem que são mais do que meros enfeites na Ilha Paraíso dessas amazonas poderosas criadas por João Emanuel Carneiro.

 



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