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Se eu escrever aqui que gosto de VEJA estaria mentindo. Na verdade, não suporto a revista. Para mim a publicação representa o que há de mais perigoso em matéria de jornalismo: manipulação e falta de transparência. Agora, senhoras e senhores, que esta capa merece aplausos, merece. Embora seja simplista atribuir o fenômeno Avenida Brasil apenas a uma emoção (a vingança) a capa é bela, oportuna e faz o que VEJA não tem o bom hábito de fazer: justiça com a realidade.
A novela merece estampar a capa desta e de tantas outras edições de revistas, jornais, sites e dicionários. Merece, porém não precisa. Já é a melhor novela do milênio. Talvez não fique com o título apenas pelo fato de que  seu autor escreverá outras até 3001.
Pausa para questão contraditória. Mas não é o colega Aguinaldo Silva o detentor do título Guinness Book "Recordista de Audiência do Milênio" com Senhora do Destino? Diz ele que é.
E dai? Se a revista afirma que 8 entre 10 aparelhos estão ligados em Avenida Brasil, a modalidade não é Olímpica, mas o recorde está por um fio.
Tanto que o melhor autor de novelas do Brasil, leia-se João Emanuel Carneiro, não está nem aí para a paçoquinha.
Para ele, é apenas mais uma capa de revista. A única coisa que importa verdadeiramente é o reconhecimento de seu genial trabalho. E isso não precisa sair da gráfica, está em todas as esquinas, em todas as cidades, em todo o país.
Triste destino daqueles que não reconhecem o que Avenida Brasil representa para a teledramaturgia brasileira. Estarão condenados à celebração solitária de um recorde criado do 'eu só' para o 'eu sozinho'.
Arremato com as belas palavras de Aguinaldo sobre a relação de suas novelas com capas de revistas ( proferidas alucinadas no twitter na ocasião  em que Griselda - e não Fina Estampa - estampou uma edição de VEJA):
"Uma novela tem que cair mesmo na boca do povo, como 'Fina Estampa', pra merecer capa de Veja, que não dá muita bola pra televisão". "Essa é a minha quarta capa de Veja. As outras: 'Roque Santeiro', 'Tieta' e 'Senhora do Destino' "
Mais uma vez temos aqui comprovado um grande exemplo  do que diferencia dois autores e suas obras.
Ser capa de VEJA alimenta a megalomania de Aguinaldo Silva. Suas novelas precisam da revista e de qualquer outro recurso de marketing disponível.
Avenida Brasil por sua vez, não precisa de VEJA. Em tempos de queda de tiragem, grampos telefônicos e Cachoeira, o contrário é triste, mas verdadeiro.
Simples assim.

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