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Em entrevista a Mônica Bergamo, autora afirma ainda que críticas à protagonista sinalizam preconceito da sociedade


Autora de Salve JorgeGloria Perez não está gostando nada das comparações feitas entre a atual novela e sua antecessora, Avenida Brasil. Em entrevista à coluna de Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S. Paulo, a escritora diz que acha uma bobagem tentar nivelar as duas histórias e faz declarações polêmicas sobre preconceito, favela e vaidade.

“Comparar o Complexo do Alemão com o Divino é uma insanidade. Não se compara subúrbio com favela. Vida de subúrbio é cadeira na calçada, venda do vizinho. A carta chega à sua casa. Na favela, carteiro não sobe. É isso que retrato”, dispara a novelista.

Gloria afirma ainda que as críticas à protagonista à mocinha da trama, Morena, interpretada por Nanda Costa, é preconceito contra as meninas da favela e defende o estilo das morados do Complexo do Alemão.
 
"Elas vivem isso no cotidiano. Não são periguetes. Na favela, essa maneira de vestir não está atrelada a um comportamento como no asfalto. Elas tiveram acesso ao mercado, ao crédito. Agora, estão podendo comprar e construir seu próprio estilo”, fala.

E, feliz com a escolha da atriz para viver a protagonista seu folhetim, Gloria é só elogios a Nanda. “É intensa, cheia de nuances. É a Morena que imaginei”, conta Gloria, que completa: “Morena é exata¬mente uma menina do Alemão. Isso assusta. Quem representa esse estranhamento é dona Áurea (Suzana Faini), a mãe do Théo (Rodrigo Lombardi). Brasileiro é pre¬conceituoso. Dona Áurea expressa algo bem característico nosso: ‘Com meu filho, não’. Compreendo as reações. O espelho in¬cômoda”, alfineta.

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